terça-feira, 4 de outubro de 2011

mensagens para refletir


 
Um viajante caminhava pelas margens de um grande lago de águas cristalinas e imaginava uma forma de chegar até o outro lado, onde era seu destino.

Suspirou profundamente enquanto tentava fixar o olhar no horizonte. A voz de um homem de cabelos brancos quebrou o silêncio momentâneo, oferecendo-se para transportá-lo. Era um barqueiro.

O pequeno barco envelhecido, no qual a travessia seria realizada, era provido de dois remos de madeira de carvalho. O viajante olhou detidamente e percebeu o que pareciam ser letras em cada remo. Ao colocar os pés empoeirados dentro do barco, observou que eram mesmo duas palavras. Num dos remos estava entalhada a palavra acreditar e no outro agir.

Não podendo conter a curiosidade, perguntou a razão daqueles nomes originais dados aos remos.

O barqueiro pegou o remo, no qual estava escrito acreditar, e remou com toda força. O barco, então, começou a dar voltas sem sair do lugar em que estava. Em seguida, pegou o remo em que estava escrito agir e remou com todo vigor. Novamente o barco girou em sentido oposto, sem ir adiante.

Finalmente, o velho barqueiro, segurando os dois remos, movimentou-os ao mesmo tempo e o barco, impulsionado por ambos os lados, navegou através das águas do lago, chegando calmamente à outra margem.

Então o barqueiro disse ao viajante:

- Este barco pode ser chamado de autoconfiança. E a margem é a meta que desejamos atingir.

- Para que o barco da autoconfiança navegue seguro e alcance a meta pretendida, é preciso que utilizemos os dois remos ao mesmo tempo e com a mesma intensidade: agir e acreditar.

Não basta apenas acreditar, senão o barco ficará rodando em círculos, é preciso também agir para movimentá-lo na direção que nos levará a alcançar a nossa meta.

Agir e acreditar. Impulsionar os remos com força e com vontade, superando as ondas e os vendavais e não esquecer que, por vezes, é preciso remar contra a maré.

Gandhi tinha uma meta: libertar seu povo do jugo inglês. Tinha também uma estratégia: a não violência.

Sua autoconfiança foi tanta que atingiu a sua meta sem derramamento de sangue. Ele não só acreditou que era possível, mas também agiu com segurança.

Madre Teresa também tinha uma meta: socorrer os pobres abandonados de Calcutá. Acreditou, agiu, e superou a meta inicial, socorrendo pobres do mundo inteiro.

Albert Schweitzer traçou sua meta e chegou lá. Deixou o conforto da cidade grande e se embrenhou na selva da África francesa para atender os nativos, no mais completo anonimato.

Como estes, teríamos outros tantos exemplos de homens e mulheres que não só acreditaram, mas que tornaram realidade seus planos de felicidade e redenção particular.

E você? Está remando com firmeza para atingir a meta a que se propôs?

Se o barco da sua autoconfiança está parado no meio do caminho ou andando em círculos, é hora de tomar uma decisão e impulsioná-lo com força e com vontade.

Lembre que só você poderá acioná-lo utilizando-se dos dois remos: agir e acreditar.








Conta-se de um rei bondoso e sábio que se encontrava no final de sua vida. Um dia pressentindo a chegada da morte, chamou seu único filho, tirou do dedo um anel e deu-lhe dizendo:
- Quando fores rei, leve sempre contigo este anel. Nele está uma inscrição.
Quando passares por momentos difíceis ou de glórias, retire o anel e leia o que nele está escrito.

O velho sábio rei morreu, e seu filho passou a reinar em seu lugar, sempre usando o anel que seu pai lhe dera. Passado algum tempo, surgiram conflitos com o reino vizinho que culminaram numa grande guerra.

E num momento de grande angústia no aceso das batalhas, vendo mortos e muitos feridos caídos em meio ao rio de sangue; lembrou-se do anel, tirou-o e leu a inscrição: "Isto também passará". E continuou a lutar com seu valente exército. Perdeu batalhas, venceu outras tantas, mas ao final saiu vitorioso.

Ao retornar para seu reino, entra coberto dos lauréis da conquista e coroado de glórias, sendo aclamado por todos como o maior dos heróis. Neste momento ele lembra de seu velho e querido pai. Tira o anel, e novamente lê: "Isto também passará".

Como é importante administrar com sabedoria os momentos de dor e os momentos de glória. No furor dos embates da vida, é primordial ter a certeza que a nossa tribulação é leve e momentânea.
Isto é, não dura para sempre.


Ter amizade é ter coração que ama a esclarece

O que é que faz com que uma amizade solidifique e se torne profunda?

Falando das suas experiências, alguns afirmam que foram momentos de grande dor que fizeram com que eles descobrissem e firmassem uma sólida amizade. A chave, portanto, seria passar por um grave problema juntos.

Outros, contudo, falam de coisas pequenas que se somam no tempo acrescentando, a cada ano, mais uma pedra preciosa ao relacionamento.

Harry e Lawrence pertencem a esse último grupo. São primos em primeiro grau. Nasceram com a diferença de seis meses e separados apenas por poucas quadras.

Desde a mais tenra idade, conviveram. Descobriram que eram muito parecidos. Falavam, gostavam e pensavam de forma muito semelhante.

Quando ambos tinham em torno de cinco anos, Lawrence foi para a festa de aniversário do primo. Era mais uma grande reunião de família, onde se misturavam primos, tias, sobrinhos.

Harry ganhou de um dos convidados uma maravilhosa coleção de soldadinhos de chumbo, pintados com cores vivas e aos olhos da criançada pareciam reais. O aniversariante os pegou e mostrou a todos com orgulho.

Brincaram até tarde. Na hora da saída, Lawrence enfiou todos os soldadinhos no bolso da calça.

Eram tão lindos que ele os desejou para si. Fingindo naturalidade, foi saindo de fininho, encaminhando-se para a porta.

O que ele não sabia é que o bolso da calça estava furado e os soldadinhos caíram com estardalhaço no chão.

Os adultos se viraram todos para o pequeno, com olhos acusadores. Sua mãe lhe desferiu aquele olhar de: O que você fez?

O garoto se sentiu acuado. Tinha vontade de sair correndo, fugir, mas as pernas lhe pesavam. Pareciam pregadas ao chão.

Foi o pior momento de sua vida, lembra Lawrence, hoje com mais de setenta anos.

Então, o primo Harry veio em seu socorro. Colocou-se ao lado dele e com segurança falou em voz alta e clara:

Eu dei os soldadinhos para ele.

Recordando aqueles momentos, o escritor que viaja pelo mundo todo, pergunta:

De que outro motivo preciso para amar esse sujeito?

E são amigos até hoje. Mesmo que, crescidos, tenham seguido caminhos diferentes, prosseguiram a cultivar esse sentimento maravilhoso que nos faz florescer e que se chama: amizade.

* * * * * * * * * * * * * *

A amizade sincera é um oásis de repouso para o caminheiro da vida, na sua jornada de aperfeiçoamento.

A amizade leal é a mais formosa modalidade do amor fraterno, que santifica os impulsos do coração.

Quem sabe ser amigo verdadeiro é, sempre, o emissário da ventura e da paz.

Ter amizade é ter coração que ama a esclarece, que compreende e perdoa nas horas mais amargas da vida.



Você está satisfeito com o seu salário?

Provavelmente não, pois são contínuas as reclamações a respeito da baixa remuneração que, como dizem, não dá para nada.

Ouve-se dizer que o dinheiro que se ganha ao final do mês mal dá para quitar débitos anteriormente assumidos.

O estranho em tudo isso é que, se as reclamações pela melhoria dos salários provêm de todas as classes trabalhistas, o que se verifica em questão de qualidade de trabalho é quase o caos.

Não se percebe, falando de forma generalizada, que as pessoas se preocupem em realizar bem a sua tarefa.

Contrata-se um jardineiro para colocar em ordem o jardim. E o que se obtém é uma poda mal feita, grama mal aparada e a terra mal espalhada pelos canteiros.

Entrega-se uma criança aos cuidados de uma babá e se percebe a má vontade com que segue os passos vacilantes do pequeno, inquieto e vivaz.

Recomenda-se um idoso enfermo a determinado atendente e nos surpreendemos com a forma com que ele é tratado, às pressas, sem atentar para detalhes.

Balconistas apressados, servidores desatenciosos, vendedores impacientes.

Em todos os lugares nos deparamos com criaturas que somente pensam em olhar para o relógio, no aguardo do final do expediente, atendendo suas tarefas com descuido e até desleixo.

À conta disto, decai a qualidade e trabalhos contratados são concluídos e entregues de forma afoita.

Se digno é o trabalhador do seu salário, como nos alerta o Evangelho, é também muito justo que o trabalhador execute o seu trabalho com disposição e cuidado.

Que nos custará, na qualidade de jardineiros, atender à poda devidamente, afofar a terra com carinho? Afinal, as plantas dependem de nós.

Quantos minutos despenderemos a mais se nos detivermos, junto ao idoso ou ao enfermo, e estendermos a colcha com cuidado, interessando-nos pelo seu bem estar?

E poderemos acaso nos dar conta da responsabilidade que é zelar pelos passos de um bebê?

Podemos avaliar o quão emocionante é acompanhar o desenvolvimento de um ser tão pequeno, e vê-lo a cada dia vencer mais um obstáculo?

Não importa qual seja nossa profissão, qual seja a nossa tarefa.

O que importa, e muito, é que a realizemos com amor, aprimorando-nos na sua execução.

Quer se trate de lavar uma simples peça de roupa ou lidar com sofisticados aparelhos computadorizados, é necessário que nos conscientizemos de que, tanto quanto desejamos receber dos demais o melhor, compete-nos doar o melhor.

Portanto, antes de prosseguirmos a reclamar da nossa remuneração, revisemos a qualidade dos nossos serviços.

Preocupemo-nos muito mais em nos tornarmos excelentes profissionais, o que significa criaturas responsáveis, ativas, competentes.

* * *

Sejam quais forem as tuas possibilidades sociais ou econômicas, trabalha!

O trabalho é, ao lado da oração, o mais eficiente antídoto contra o mal, porquanto conquista valores incalculáveis com que o Espírito corrige as imperfeições e disciplina a vontade.
  









As causas da felicidade não se acham em lugares determinados do espaço.

Elas estão em nós, nas profundezas da alma.


O Reino dos Céus está dentro de vós, disse o Cristo.

Tal premissa é confirmada por várias outras doutrinas.

É na vida íntima, no desabrochar de nossas faculdades, de nossas virtudes, que está o manancial das felicidades futuras.

Olhemos atentamente para o fundo de nós mesmos.

Fechemos, por alguns instantes, nosso entendimento às coisas externas.

Depois de havermos habituado nossos sentidos ao silêncio, seremos capazes de ouvir vozes fortificantes e consoladoras.

As vozes de nossas próprias consciências.

Há poucos homens que sabem ouvir seus próprios pensamentos.

Raros são aqueles capazes de reconhecer e explorar os próprios potenciais.

Geralmente alguns de nós gastamos a vida em coisas banais, improdutivas.

Percorremos o caminho da existência sem nada saber a respeito de nós mesmos, de nossas riquezas íntimas.

E então nos perguntamos: Como poderemos nos valer das nossas capacidades, orientando-as para um ideal elevado?

Pela vontade!

É através dela que dirigimos nossos pensamentos para um alvo determinado.

Na maior parte dos homens os pensamentos flutuam sem cessar.

Sua mobilidade constante e sua variedade infinita oferecem pequeno acesso às influências superiores.

É preciso saber concentrar-se, colocando o pensamento em sintonia com o Pensamento Divino.

Só assim a alma humana poderá ser envolvida pelo Espírito Divino, tornando-a, dessa forma, apta para realizar nobres tarefas.

A vontade é a maior de todas as potências e seu poder é ilimitado.

Sua ação é comparável a de um ímã.

O homem, consciente de si mesmo e de seus recursos latentes, sente crescerem suas forças na razão dos esforços que desenvolve em determinado sentido.

Sabe que, tudo o que de bem e bom desejar há, de mais cedo ou mais tarde, realizar-se, nesta ou em existências futuras, quando seu pensamento estiver de acordo com as Leis Divinas.

* * *
Como é belo e consolador poder dizer: Conheço a grandeza e a força que habitam em mim.

Elas hão de ser meu amparo e minha certeza, em todos os instantes de minha vida.

Com o auxílio de Deus e dos Anjos, hei de elevar-me acima de todas as dificuldades.

Vencerei o mal que ainda há em mim.

Abrirei mão de tudo o que me acorrenta às coisas grosseiras deste mundo, para levantar vôo em direção a estágios mais felizes.

Vejo claramente o longo caminho a ser percorrido.

Nada, porém, poderá me impedir de prosseguir nessa estrada.

Tenho um guia seguro para me enobrecer e me elevar, que é a vontade.

Hei de conservar-me firme e inabalável, sempre em frente.

Com minha vontade conquistarei a plenitude da existência.

Farei de mim uma criatura melhor.

Para isso, basta que eu queira alcançar toda essa ventura com energia e com constância.

E diga, para mim mesmo, conclamando-me à elevação e à marcha, apressando-me, assim, para a conquista de meu próprio destino: a felicidade verdadeira.

 

 

Senhor,
Ilumina meus olhos
para que eu veja os defeitos
da minha alma e venda-os para
que eu não comente
os defeitos alheios.

Senhor,
Leva de mim a tristeza
e não a entregueis a mais ninguém...
Enche meu coração com a divina fé,
para sempre louvar o vosso nome
e arranca de mim o orgulho e presunção.

Senhor,
Faze de mim um ser humano realmente justo...
Dá-me a esperança de vencer
minhas ilusões todas.

Planta em meu coração
a sementeira do amor
e ajuda-me a fazer feliz
o maior número possível de pessoas,
para ampliar seus dias risonhos
e resumir suas noites tristonhas...

Transforma
meus rivais em companheiros,
meus companheiros em amigos
e meus amigos em entes queridos...

Não permita
que eu seja um cordeiro
perante os fortes
nem um leão perante os fracos...

Dá-me, Senhor,
O sabor de perdoar
e afasta de mim o desejo de vingança,
mantendo sempre em meu coração
somente o amor. 



Quando a revolução comunista, no ano de 1919, criou uma situação política muito ruim, na Rússia, uma extraordinária jovem de apenas 20 anos decidiu abandonar o seu país.

Seu nome era Catarina de Hueck e ficou conhecida somente pelo seu título, a baronesa.

Chegou a Londres grávida do primeiro filho e sem recursos. Um tio que residia na América do norte lhe falou de Nova Iorque, onde a riqueza era tanta que os dólares caíam das árvores e ela foi viver em Nova Iorque.

Trabalhou numa lavanderia onde ganhava oito dólares, dos quais mandava dois para o marido e o filho que tinham ficado no Canadá.

Tentou escrever para jornais, contando casos de guerra da Rússia que tão bem conhecia, mas ninguém se interessou.

Buscou uma instituição de caridade onde foi maltratada e humilhada. Nesse dia, pensou em se suicidar. Dirigiu-se até o rio Hudson e ficou olhando as águas. Foi quando ouviu uma voz: "ei, loirinha, o que você está fazendo aí?" Era um motorista de táxi. "quer que eu a leve para algum lugar?"

Ela respondeu: "não tenho para onde ir, nem dinheiro para pagar o táxi."

"Diga a verdade", continuou o homem, "você estava pensando em pular na água. Nota-se pela sua cara de fome."

Ele a convidou para comer um hambúrguer. Ela desconfiou. Ele insistiu. Era um pai de família e religioso praticante.

Ela foi para a casa dele e passou dois dias com sua família. Depois, ele lhe emprestou dinheiro para pagar a pensão.

Ela voltou a procurar emprego e, no frio da manhã, foi orando: "meu Deus, perdoa-me aquele pensamento de desespero ao lado do rio. Ajuda-me a arranjar um emprego."

Naquele momento, um vento forte lhe lançou no rosto um pedaço de papel. Era uma folha de anúncios de jornal, pedindo empregadas domésticas.

Catarina se animou. Era a primeira vez que ela via uma resposta a uma oração em vez de vir do céu, vir do chão, trazida pelo vento, num pedaço sujo de jornal.

Ela pensou: "Deus é muito estranho mesmo. Manda motoristas de táxi atrás de uma jovem desesperada, fala na voz dos ventos, e responde até pelo jornal."

Mais tarde, se tornou rica proferindo conferências pela América, contando a sua história.

Em outubro de 1930 ela fundou as casas da amizade e mais tarde, numa ilha que lhe foi doada, no Canadá, o Madonna House, uma obra que ampara criaturas necessitadas.

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Por mais difíceis que sejam os problemas, jamais pense em desistir. Sempre existe alguém que pode ajudar você. E quase sempre esta pessoa está muito perto.

Olhe, procure, conte a sua dificuldade.

Seja qual for a provação, entregue-se a Deus em confiança. Ele é o caminho.

Aguarde um pouco mais, na fé e o auxílio alcançará você.

Desistir, nunca!


Você já viu um girassol?

Trata-se de uma flor amarela, muito grande, que gira sempre em busca do sol. E é por essa razão que é popularmente chamada de girassol.

Quando uma pequena e frágil semente dessa flor brota em meio a outras plantas, procura imediatamente pela luz solar. É como se soubesse, instintivamente, que a claridade e o calor do sol lhe possibilitarão a vida.

E o que aconteceria à flor se a colocássemos em uma redoma bem fechada e escura? Certamente, em pouco tempo, ela morreria.

Assim como os girassóis, nosso corpo também necessita da luz e do calor solar, da chuva e da brisa, para nos manter vivos.

Mas não é só o corpo físico que precisa de cuidados para que prossiga firme. O espírito igualmente necessita da luz divina para manter acesa a chama da esperança. Precisa do calor do afeto, da brisa da amizade, da chuva de bênçãos que vem do alto.

Todavia, é necessário que façamos esforços para respirar o ar puro, acima das circunstâncias desagradáveis que nos envolvem.

Muitos de nós permitimos que os vícios abafem a nossa vontade de buscar a luz, e definhamos dia-a-dia como uma planta mirrada e sem vida.

Ou, então, nos deixamos enredar nos cipoais da preguiça e do amolentamento e ficamos a reclamar da sorte sem fazer esforços para sair da situação que nos desagrada.

É preciso que compreendamos os objetivos traçados por Deus para a elevação de seus filhos, que somos todos nós.

E para que possamos crescer de acordo com os planos divinos, o criador coloca à nossa disposição tudo o de que necessitamos.

É o amparo da família, que nos oferece sustentação e segurança em todas as horas...

A presença dos amigos nos momentos de alegria ou de tristeza a nos amparar os passos e a nos impulsionar para a frente.

São as possibilidades de aprendizado que surgem a cada instante da caminhada tornando-nos mais esclarecidos e preparados para decidir qual o melhor caminho a tomar.

Mas, o que acontece conosco quando nos fechamos na redoma escura da depressão ou da melancolia e assim permanecemos por vontade própria?

É possível que em pouco tempo nossas forças esmoreçam e não nos permitam sequer gritar por socorro.

Por essa razão, devemos entender que Deus tem um plano de felicidade para cada um de nós e que, para alcançá-lo, é preciso que busquemos os recursos disponíveis.

É preciso que imitemos o girassol. Que busquemos sempre a luz, mesmo que as trevas insistam em nos envolver.

É preciso buscar o apoio da família nos momentos em que nos sentimos fraquejar.

É preciso rogar o socorro dos verdadeiros amigos quando sentimos as nossas forças enfraquecendo.

É preciso, acima de tudo, buscar a luz divina que consola e esclarece, ampara e anima em todas as situações.

Quando as nuvens negras dos pensamentos tormentosos cobrirem com escuro véu o horizonte de tuas esperanças, e o convite da depressão rondar-te a alma, imita os girassóis e busca respirar o ar puro, acima das circunstâncias desagradáveis.

Quando as dificuldades e os problemas se fizerem insuportáveis, tentando sufocar-te a disposição para a luta, lembra-te dos girassóis e busca a luz divina através da oração sincera.
 
A época era de dificuldades. Os dramas humanos se multiplicavam nas estradas da china, sem que ninguém tivesse muito tempo para olhar para o lado e tentar auxiliar o vizinho.

Foi durante a guerra civil chinesa, que sucedeu ao conflito mundial da segunda guerra.

Wong e sua esposa Lee, com as quatro filhas, tinham urgência em sair de Hong Kong. Ele era um ilustre professor procurado pelas forças que oprimiam o país.

Enquanto ele tentava conseguir um meio de transporte que, por muito dinheiro, os pudesse levar para o campo, à casa de um tio, onde se poderiam ocultar, tentando salvar as próprias vidas, Lee acomodava as pequenas ao seu redor.

Ela precisava cuidar da bagagem, porque na confusão das ruas não eram poucos os que se aproveitavam para saquear os descuidados.

Precisava também atender as crianças que, um tanto assustadas, em meio à movimentação intensa, choramingavam, agarradas às suas vestes.

Num tempo que pareceu eterno, o marido chegou com um Jinriquixá, uma espécie de carrinho, puxado por um homem. Mas, enquanto ele providenciava a acomodação das malas, embrulhos e valises no pequeno transporte, um outro se aproximou.

Com certeza, vislumbrando a chance de um bom dinheiro, ofereceu-se para levar a família ao seu destino. Esperto, sabendo do preço elevado que o outro fizera, propôs um valor menor.

O professor Wong, homem prático, aceitou. Porém, Lee, a esposa, disse que não era correto deixar o homem que antes fora contratado. Afinal, ele perdera seu tempo, andara até ali puxando seu veículo e merecia respeito.

Falou de forma tão incisiva que o marido aceitou suas ponderações e lá se foram, no transporte mais caro.

A viagem não teve maiores dificuldades. Uns sustos aqui e ali, à conta de homens inescrupulosos pelo caminho, contudo, chegaram bem ao final da viagem.

Quer dizer, quase ao final. Porque o tio de Wong morava do outro lado do canal, e o Jinriquixá não ousou atravessá-lo.

Saltando do veículo, o casal dividiu a bagagem entre si e as pequerruchas, que tiveram também que carregar alguns embrulhos, apesar do pequeno tamanho, e atravessaram a ponte a pé.

Chegando à casa do tio e recebidos, com surpresa natural, começaram a se acomodar nos poucos cômodos. Depois que alimentou as filhas e as deitou para o descanso, transcorridas em torno de duas horas da chegada, Lee se deu conta que faltava uma mala.

"Meu Deus!" Gritou ela. Logo aquela em que havia escondido todo o dinheiro que haviam conseguido juntar, antes da fuga.

E agora? O coração em descompasso, pôs-se a chorar, abraçada ao marido.

"Como continuar a fuga sem dinheiro? Como dar continuidade à vida, sem nada a não ser as roupas e quatro bocas famintas para alimentar?"

Enquanto se dispunha, afinal, a secar as lágrimas, erguer a cabeça e recomeçar as lutas para a sobrevivência, alguém bateu na porta.

Todos se olharam temerosos. Seriam andarilhos salteadores? Seriam guerrilheiros que haviam descoberto a fuga?

O tio, procurando demonstrar uma calma que longe estava de sentir, abriu a porta. A punição por acolher fugitivos era severa. Talvez a morte.

Mas, na porta, estava o condutor... Com a mala. Viera devolvê-la, tão logo se dera conta que fora esquecida em seu transporte.

Fizera um longo trajeto de volta, ousara atravessar a ponte, somente para entregar a uma família fugitiva, a bagagem, com todo o seu conteúdo intacto.

O tio nem esboçou atitude. Todos ficaram parados, sem reação, pelo inusitado do momento. Um gesto de honestidade em meio à confusão que vivia o país e onde muitos somente pensavam em tomar de outros, à força, o que pudessem.

Lee ajoelhou-se e agradeceu a Deus que lhe havia inspirado para fazer a viagem com aquele homem, apesar do preço mais elevado.

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A gratidão nasce nos momentos mais inusitados e a honestidade se revela nos corações bem formados.

Mesmo em meio ao caos, o homem guarda na intimidade valores reais dos quais lança mão em momentos precisos.

Por vezes, um simples gesto pode resultar em muitas bênçãos. Como o de Lee, em manter a fidelidade ao contrato verbal acertado com um desconhecido, em um momento de angústia e quase pavor, que alcançou ressonância em outro coração, quiçá,
tão perseguido e maltratado como o dela mesma.
 
Aquele moço seguia todos os dias pelo mesmo caminho.

Em suas viagens diárias do subúrbio, onde morava, à cidade, onde trabalhava, o trem sempre passava por um viaduto de onde se podia ver o interior de alguns apartamentos no prédio localizado em nível inferior.

Naquele lugar o trem diminuía a velocidade e por isso o rapaz podia observar através da janela de um dos apartamentos, uma senhora idosa deitada sobre a cama.

Ele via aquela cena há mais de um mês.

A senhora certamente convalescia de alguma enfermidade, era o que ele pensava. O jovem teve pena dela e desejou vê-la restabelecida.

Num domingo, achando-se casualmente naquelas imediações, cedeu a um impulso sentimental e foi até o prédio onde a senhora morava. Perguntou ao porteiro o nome da anciã e depois lhe enviou um cartão com votos de restabelecimento, assinando apenas: "um rapaz que passa diariamente de trem."

Dali a uma semana mais ou menos, a caminho de casa no trem, o jovem olhou, como sempre, para a janela.

No quarto não havia ninguém e a cama estava cuidadosamente arrumada.

No parapeito da janela, porém, estava afixado um pequeno cartaz escrito à mão e iluminado por uma lâmpada de cabeceira. Mostrava apenas uma frase singela de gratidão, dizendo: "Deus o abençoe".
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Um jovem com tanta sensibilidade fraternal, certamente é abençoado por Deus.

Esse Deus que quer que suas criaturas se amem e se respeitem mutuamente.

Esse Deus que espera que nos ajudemos uns aos outros, sem preconceitos e sem arrogância.

Aquele jovem do trem não tinha outra intenção a não ser ajudar anonimamente a uma pessoa desconhecida, atendendo a um apelo do seu coração generoso.

Gesto semelhante aconteceu recentemente.

Um jovem afirmava que nunca podia se sentar em suas viagens de ônibus, pelo simples fato de não se sentir bem ficando sentado enquanto pessoas idosas, mães com crianças de colo ou gestantes estavam em pé.

Por vezes chegou a solicitar a outros jovens que cedessem seus lugares a pessoas com deficiências físicas.

E mesmo ouvindo de colegas sem escrúpulos que está sendo tolo, ele não abre mão das atitudes que julga corretas. Jovens como esses vêm ao mundo para torná-lo mais agradável, mais justo e mais humano. E é por essas e outras razões que vale a pena acreditar que o mundo está mudando.

Que o nosso planeta será cada vez melhor e mais receptivo a pessoas moralmente mais evoluídas.

Pense nisso!

Há pessoas que se entregam à depressão e outras enfermidades por acreditarem que ninguém se importa com elas.

Assim, um simples gesto de solidariedade pode se constituir em um dos mais poderosos remédios contra esse tipo de mal.

E é um remédio que não custa nada, não tem contra-indicação e está ao alcance de todos.
 
 Dei-me conta, dia desses, que o Seu aniversário está chegando. Não que eu tivesse anotado no calendário. Lembrei da data, por causa do tumulto das lojas.

Todo ano é assim. As pessoas ficam muito preocupadas em comprar muitos presentes e coisas novas.

O mais estranho é que eles não são para Você. São para si mesmos, para parentes, amigos, clientes, conhecidos.

Este ano, pensei em convidar Você para comemorar o seu aniversário lá em casa.

Como sua família é a humanidade, é possível que Você tenha muitos convites.

É possível que muitas pessoas, no mundo todo, queiram que Você esteja com elas, nesse seu dia tão especial.

Sabe, como existe a questão do fuso horário, criando diferentes horas em diversos locais do globo, creio que Você não terá muitas dificuldades.

Você poderá vir à hora que quiser. Estarei esperando. Minha casa não é muito grande. Aliás, é bem pequena. Tenho certeza que Você não se importará.

E também creio que não se importará de andar em estrada de chão, porque o bairro onde moro é dos mais distantes. Quase ao final da cidade.

Porém, como Você andou muito pelas estradas, e pelos campos, não creio que terá dificuldades em enfrentar esse pequeno trecho.

Se vier durante o dia, Você reconhecerá minha casa, pelas rosas que enfeitam a cerca. Estarão todas desabrochadas, no dia do seu Natal.

Elas costumam se debruçar, pendendo para o lado de fora, espiando a rua. Tenho certeza que nesse dia, mais do que nunca, elas estarão alongando suas hastes para vê-Lo desde longe.

E quando o virem, exalarão tal perfume que me dirá que Você está chegando.

Deixarei a luz acesa, caso Você decida vir após o cair da tarde. E a porta entreaberta.

A mesa estará posta. Tenho guardado uma toalha para ocasiões especiais. Estará cobrindo a velha mesa.

Assarei pão. Possivelmente não será tão saboroso como o de sua mãe. Entretanto, tenha certeza que farei a massa com todo o carinho.

Colherei frutas das árvores do quintal e farei um bolo. Como sei que Você aprecia convidar os que andam pelas ruas, os que andam sozinhos, para a comemoração do seu aniversário, colocarei alguns pratos extras.

Só peço que Você não convide muita gente, Jesus. Afinal, minha casa é pequena e meus recursos são poucos.

Mas, repartirei com prazer o que tiver.

Talvez Você não possa ficar muito tempo. Sei que Você é muito ocupado. Contudo, mesmo que Você parta, os seus amigos poderão ficar.

Continuaremos a conversar sobre a grandeza dos Seus feitos e a sublimidade dos Seus ensinos. Preciso muito relembrar essas questões tão esquecidas.

Se Você vier, Jesus, talvez possa esse ser o Natal da minha redenção.

É que me sinto um tanto perdido, entre as coisas do mundo. Ando esquecido de orar. Por vezes, quase esqueço que sou filho de Deus. E herdeiro do universo.

Sinto-me tão só que esqueço que posso encontrar irmãos em toda parte.

Esqueço de tantas coisas. Por isso, Jesus, a sua presença, no Seu aniversário, será tão importante.

Desejo, sinceramente, Jesus, que Você possa vir à minha casa para encher de luz meu coração e minha vida.

Eu lhe direi feliz aniversário.
Você me dará o presente de sua presença.
E, então, será verdadeiramente Natal.

2 comentários:

  1. Bela página, parabens!

    Sou um Biólogo e Professor, Mineiro. Estou visitando, de forma aleatória, páginas diversas para divulgar o Ver de Vida, dedicado à causa ambiental.

    Felicidade em sua jornada.

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  2. Olá amada, bem criativo o seu blog, já estou retribuindo a visita, e ja estou te seguindo, estou com muito trabalho então fica dificil eu visitar todas as novas BU, mas .... Deus te abençoe amada fique na Paz do Senhor.
    Luciana Souza

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